Última alteração: 2018-11-24
Resumo
Neste trabalho, as Leis de inclusão curricular africana e indígena, respectivamente, Lei de nº 10.639/03 e 11.645/08, são estudadas nas relações com Ensino de Ciências. Por entendermos que a Ciência não é neutra, ela pode contribuir para desconstrução de estereótipos racistas, como uma ferramenta de luta a favor da valorização humana e igualdade de oportunidades. Pesquisamos sobre a presença dos africanos e indígenas na História do Brasil, bem como a participação restrita desses grupos no ensino e divulgação da Ciência, sinalizando a exclusão social nessa área do saber, reafirmando a questão emergente de inclusão social, a fim de perceber as lacunas deixadas pela colonização, a cultura de embranquecimento, o extermínio indígena, e o racismo exacerbado. Dialogamos com a Ciência, entendendo-a como processo de construção humana, não neutro, e que sua divulgação e acesso deve, assim como a história da África, africanos e indígenas, ser compartilhada de maneira igualitária, desconstruindo visões hegemônicas raciais e excludentes. Realizamos uma revisão bibliográfica em Leis, artigos, livros e diretrizes de inclusão curricular e social.